No coração da alta-costura existe um mundo de esplendor que transcende o comum, onde criatividade e técnica ecoam no tecido e na forma. Giambattista Valli continua a se destacar com suas última coleção de alta costura que homenageiam a natureza, especialmente as rosas. Sua coleção apresenta peças que destacam o volume e a fluidez, começando com um bodysuit de veludo preto decorado com rosas brancas. Esse tema floral permeia a coleção, que varia tanto em cores – pastéis delicados e pretos profundos – quanto em tecidos, com tules e sedas fazendo as vezes de pétalas e folhagem.
Valli se dedica a explorar estruturas e formas novas. Ele usa as toiles – os protótipos de musselina que são o ponto de partida no processo de design da alta-costura – como inspiração para brincar com os volumes e cortes das peças, resultando em uma mistura de vestidos coloridos e peças mais sóbrias em preto e branco. O design apresenta volumes exagerados, como mangas que se assemelham a almofadas de um hotel de luxo e caudas de vestidos que se expandem em camadas.
A coleção responde ao desejo de Valli de manter a alta-costura distinta do prêt-à-porter, algo que ele faz enfatizando a grandiosidade e a exclusividade do artesanato envolvido. Ele reitera que alta-costura é, e deve ser, um território de puro luxo e criatividade extrema, algo evidenciado na sua dedicação ao uso pródigo de tecidos e detalhes.
Giambattista Valli, ao evitar nomear a florista que fornece as rosas para suas peças, mantém um ar de mistério que só faz aumentar a aura de exclusividade ao redor de suas peças. Seu trabalho celebra a beleza intemporal e a serenidade da natureza, transportando essa essência para o palco da moda de alta-costura.
Assim, Valli propõe uma experiência de moda que é tanto uma reverência à beleza natural quanto uma demonstração do que é possível alcançar com técnicas refinadas e uma visão criativa.
